segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Deixar os muros para o Bob o Construtor


De que vale construir muros
Adiando o inevitável
Sorrindo hoje, aguardando os momentos duros
Esperando que as barreiras sejam imutáveis
Embora conhecêssemos a sua data de validade
Muros caem, luz entra mostrando a realidade
Dor aflora, assim como a esperança
De que o futuro traga segurança
E que se confirmem as respostas dadas
E nas vidas espelhadas

Estando da noite para o dia
E do dia para a noite
Voltando ao momento inicial
Da génese da pedra filosofal
O Mundo sempre girou
Criando o campo de gravidade
Por pulsares é recebida a felicidade
Nestes ciclos apenas a minha essência ficou
Ora estando para lá dos muros recatados
Ora assumindo-se para o ditado pelos dados
Nestas encruzilhadas
Onde as estrelas esperam ser achadas
Encaminhadas, de modo a cantarem um fado
Para lá do desejado



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