Quantas e quantas vezes já olhamos para o telemóvel enquanto estamos a partilhar um bom momento com alguém? Tenho a certeza que já fizeste isso, tal como eu...
Já sentiste aquele silêncio que acontece quando estamos num encontro e o telemóvel toca, involuntariamente olhas pelo telemóvel e interrompes o discurso da tua companhia. Por vezes é uma "jogada estratégica" para evitar momentos mais constrangedores, mas a maioria das vezes esta acção cria muros à comunicação com o outro. Mais importante do que ter sensibilidade nas redes sociais, e ser popular numa versão online, é a sensibilidade que demonstramos com o outro. O tempo que despendemos com o outro, a qualidade deste tempo despendido, perceber o que o outro sente pelas suas feições, entre outros, são aptências que adquires com a prática, com a boa prática.
Já pensaste que por vezes o outro está tão expectante para te ver e partilhar algo muito íntimo que não falou com ninguém? Como é que se sente quando não dás 100% de atenção? Tudo por causa dum like numa foto?
Neste mundo em que vivemos a 200 km/h é tão importante esta partilha (de qualidade) de experiências e momentos entre amigos. O mundo virtual não vai parar se adiarmos ver uma notificação por 3h, pelo contrário duma forma muito subtil podes criar cicatrizes e constrangimentos permanentes num relacionamento. A vida real não é a virtual, é aquela em que vives a reacção do outro numa conversa. E este pensamento não é vintage, nem old school, mas sim o mais correcto entre estas crenças em que não há uma barreira bem definida entre o real e virtual.