De que vale
construir muros
Adiando o
inevitável
Sorrindo
hoje, aguardando os momentos duros
Esperando
que as barreiras sejam imutáveis
Embora
conhecêssemos a sua data de validade
Muros caem,
luz entra mostrando a realidade
Dor aflora,
assim como a esperança
De que o
futuro traga segurança
E que se
confirmem as respostas dadas
E nas vidas
espelhadas
Estando da
noite para o dia
E do dia
para a noite
Voltando ao
momento inicial
Da génese da
pedra filosofal
O Mundo sempre
girou
Criando o
campo de gravidade
Por pulsares
é recebida a felicidade
Nestes
ciclos apenas a minha essência ficou
Ora estando
para lá dos muros recatados
Ora
assumindo-se para o ditado pelos dados
Nestas
encruzilhadas
Onde as
estrelas esperam ser achadas
Encaminhadas,
de modo a cantarem um fado
Para lá do
desejado
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