segunda-feira, 14 de março de 2016

Resenha filme: A Visita

Resenha filme: A Visita
Ano: 2015
Realizador:  M. Night Shyamalan
Terror, comédia
Maiores de 14 A
IMDB: 6,8
Actores: Kathryn Hahn, Ed Oxenbould, Peter McRobbin, Deanna Dunagan e Olivia DeJonge

Trailer

Resenha:
Fui convidada pelas minhas amigas para ver este filme de terror (em Portugal este não está classificado como comédia), o último deste aclamado realizador. Se não o conheceste pelo nome, tenho a certeza que conheces o seu trabalho pois realizou filmes como A Vila ou o incontornável  O Sexto Sentido. E assim lá fomos todas nós com elevadas expectativas…
O filme inicia com a actriz Kathryn Hahn a fazer um breve apanhado do estado actual da sua vida: mãe solteira com dois filhos e com uma relação afastada dos seus pais a tal ponto que os filhos desta personagem não conhecem os avós. Para colmatar esta falha eles organizam uma viagem a casa dos avós, sem a mãe. Com muitas lágrimas à mistura e abraços fortes lá partem as crianças no comboio para a terra dos avós.
Chegando à paragem destinada estão os amáveis avós à sua espera. Tudo corre como esperado e com normalidade, inclusive o cliché de ter uma avó incansável a fazer bolinhos para os netos. Quando a noite cai é que a anormalidade começa a acontecer. É quando se começam a ver as atitudes inesperadas e “assustadoras” da avó. Novo dia e tudo volta à normalidade. A justificação das atitudes anormais da avó vem pelo avô, sendo que as crianças aceitam com naturalidade. Durante o dia, as crianças, principalmente a filha (mais velha) têm uma missão nesta visita: procurar o “elixir” que provocará a paz e harmonia entre a sua avó e mãe. Para tal tenta procurar o porquê do seu afastamento e perceber se é possível obter o tão esperável perdão.
O filme vai avançando com as crianças a descobrirem cada vez mais as pontas soltas no comportamento dos avós. Do nosso lado à medida que o filme vai avançando, vamos ficando mais ansiosas pelas cenas de terror que teimam em não chegar, aliás arriscaria a dizer que não chegaram. O final não é o mais esperado e admito que tenha causado algum suspense (obviamente que eu não vou contar :-p).
No global o filme está com uma realização do género documentário, que era feito pelos meninos, o que dá alguma intimidade ao espectador e que se torna fácil cativar e transportar-nos para a história. Adorei a personagem e o actor Ed Oxenbould, faz de irmão mais novo e tem realmente jeito para a representação provocando algumas das mais sinceras gargalhadas do filme.

Em suma, este foi um dos melhores filmes de comédia que vi nos últimos tempos, porque chorei a rir em diversas partes do filme. De tal forma, que as minhas amigas só me pediam para parar e manter todo o ambiente que se espera numa sala de cinema. Terror?! Zero


De 1-5 daria 4 pela comédia. Palavra chave: absurdo 


segunda-feira, 7 de março de 2016

Tempestade

Esta semana houve algo inédito no blog: uma segunda feira sem que nada tivesse sido publicado. Graças a Deus que não aconteceu nada de grave que me impedisse de publicar, mas aconteceram muitas pequenas coisas que bloquearam a minha capacidade de me expressar. 

Passo a explicar, há alturas na vida de uma pessoa em que há tanto ruído à nossa volta que não conseguirmos parar para pensar. Más energias no trabalho (onde tudo reclama e há pouca gente com um sorriso verdadeiro), amigos a passarem por dificuldades, em casa toda a gente cansada e com pouca paciência, são alguns exemplos que explicam o porquê de às vezes uma pessoa fica exausta. Nem sempre é necessário algo negativo forte que nos aconteça para nos fazer sentir assim, basta sentir o que nos rodeia. 

E é assim que me tenho sentido nestes últimos tempos. Tenho vontade de dormir, comer doces e pouco mais. Existe uma necessidade, quase, gutural de sair da rotina, mas nem sempre é fácil e nem sempre encontramos o estímulo certo para desbloquear este nó mental. 

Acho que são estes momentos que provam que nenhum homem é uma ilha. Estarmos dependentes de nós próprios é óptimo, mas às vezes o ouvir e tentar estar presente para o OUTRO faz elevar a nossa alma. Como várias coisas na vida, este modo de viver tem a desvantagem de no levar as energias, tendo como risco um esgotamento passageiro. Enfim, este conjunto de acções previnem o aparecimento de males, ainda mais graves, o ressentimento e arrependimento.