segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Silêncios que nos inoportunam


Quantas e quantas vezes já olhamos para o telemóvel enquanto estamos a partilhar um bom momento com alguém? Tenho a certeza que já fizeste isso, tal como eu...

Já sentiste aquele silêncio que acontece quando estamos num encontro e o telemóvel toca, involuntariamente olhas pelo telemóvel e interrompes o discurso da tua companhia. Por vezes é uma "jogada estratégica" para evitar momentos mais constrangedores, mas a maioria das vezes esta acção cria muros à comunicação com o outro. Mais importante do que ter sensibilidade nas redes sociais, e ser popular numa versão online, é a sensibilidade que demonstramos com o outro. O tempo que despendemos com o outro, a qualidade deste tempo despendido, perceber o que o outro sente pelas suas feições, entre outros, são aptências que adquires com a prática, com a boa prática. 

Já pensaste que por vezes o outro está tão expectante para te ver e partilhar algo muito íntimo que não falou com ninguém? Como é que se sente quando não dás 100% de atenção? Tudo por causa dum like numa foto?

Neste mundo em que vivemos a 200 km/h é tão importante esta partilha (de qualidade) de experiências e momentos entre amigos. O mundo virtual não vai parar se adiarmos ver uma notificação por 3h, pelo contrário duma forma muito subtil podes criar cicatrizes e constrangimentos permanentes num relacionamento. A vida real não é a virtual, é aquela em que vives a reacção do outro numa conversa. E este pensamento não é vintage, nem old school, mas sim o mais correcto entre estas crenças em que não há uma barreira bem definida entre o real e virtual. 






segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Macarrons






Bom dia,




Este blog nunca foi exclusivo a um tema específico, aqui são partilhados desde os textos mais alegres, passando pelos mais sérios ou melancólicos, até poemas ou músicas. Sempre pretendi que este fosse o meu espaço e que esta página fosse feita à minha imagem. E como qualquer mulher, nós podemos facilmente dedicar-nos a várias actividades ao mesmo tempo. Assim sendo, hoje vamo-nos dedidar à culinária. 



Desde que fui a Paris que apaixonei-me pelos macarrons. Entretanto em Portugal há alguns sítios que fazem esta delícia, mas baratos eles não são, o que é pena :-(. Assim sendo, fui à net procurar a receita e esta agradrou-me:

Já fiz essa receita 2 vezes e tenho algumas dicas que posso partilhar com vocês: primeira dica, pode-se cortar no açúcar em pó (porque depois ao meter um doce, o macarron fica muito enjoativo); segundo conselho e mais importante: não é mesmo para desistir à primeira tentativa. Eu já tentei fazer 2 vezes, nunca me saiu bem e no entanto posso-vos a segurar que apesar do aspecto ser estranho, o sabor é bom!

Em resumo: nestes tempos de crise e contenção o "do it yourself" surge como apelo à nossa criatividade e ousadia na busca de nos manter-mos rodeados das coisas que mais gostamos. 


P.S.: Se podia ter feito um post exclusivo ao dia dos namorados, podia ter feito... Mas tenho que estar solidária com todos os leitores que neste momento também se encontram sozinhos. E não há nada melhor que experimentar uma nova receitar e prová-la enquanto relaxamos no sofá. 

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Impossível


Vivendo na mesma face da lua
Em pólos distintos
A criação de argumentos apenas a saudade apazigua
E adia os incontornáveis conflitos

Realidade ou ficção
Romance escrito
Aguardando acção
Sobre os factos reflicto
Negligenciando o coração

Sonhos frustrados,
São muitas vezes denominados
De "impossível"
Desistir, esperar, insistir ou aceitar
Inquirir o que aparenta ser inexequível

Unidos pelo acaso
Reunidos pelo desejo
O destino não reconhece o atraso
Para o futuro que antevejo 



Em Portugal o livro poderá ser encomendado neste link: http://www.wook.pt/ficha/cartas-imortais/a/id/16540388

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Atitude precisa-se!


Já repararam na quantidade astronómica de indirectas que se mandam nas redes sociais? Basta uma pessoa actualizar o seu feed para ver fotografias com quotes alusivas à inveja; frases no seu estado que não se percebem o seu contexto, mas temos a certeza que é um "ataque" a alguém; frases/textos que têm como tema: o teu ex um dia vai perceber o quanto perdeu; entre outros. Uma coisa vos garanto, porque já assisti, que indirectas do género do último ponto por vezes resultam.

Será que há estudos que comprovam que os verdadeiros intermediários percebem que tal mensagem lhes é dirigida? Ou isto é um jogo a ver quem a carapuça serve? E se saí completamente ao lado? O risco é que tem piada? Será que se faz uma dobradinha quando queremos atingir uma pessoa e uma terceira pessoa acaba por se sentir incomodada, num feliz acaso? Juro que não consigo perceber a piada desta moda.

Vou partilhar convosco o que para mim é o expoente máximo desta cena: qualquer comentário do género: o que faz falta ao mundo é a falta de atitude; ou um sinónimo do género: o mundo está cheio de palavras e tem falta de atitudes. Para mim ter atitude é dizer o que se tem a dizer na cara, é ser-se sincero em qualquer situação, é fazer uso duma certa quantidade de coragem e ousadia. Por outro lado a cobardia de nos escondermos atrás dum computador para ter a coragem de dizer algo pode representar muitas coisas, mas não é de todo uma Atitude, para além do mais que corremos o risco da mensagem não ser eficazmente transmitida.

Eu compreendo que todos nós, por vezes, precisamos de desabafar... Somos umas panelas de pressão e têm que sair assim umas frases "mais alternativas" deixar o ar sair e aliviar a pressão. Mas até que ponto nos esquecemos que a vida é vivida na rua e cara a cara? Confrontos e conflitos fazem parte da nossa socialização e há coisas que são para ser tratadas a 2. Até porque o outro, muitas vezes, merece o respeito e uma oportunidade de se justificar.